domingo, 20 de setembro de 2015

Entrevista ao mais jovem presidente concelhio da Juventude Popular

Hoje venho-vos deixar um post muito diferente do normal. Em conversa com um amigo meu, que conheci no Parlamento de Jovens, sugeri-lhe uma possível entrevista aqui para o blog. Sendo ele um rapaz muito simpático, disponibilizou umas horas do seu tempo para nos dar a conhecer um pouco mais do seu trajeto enquanto atual e futuro político (ele vai se rir quando ler isto ahah). Um grande obrigada a ele e a todos vocês que estão a ler este post.  

1.      O que te levou ao caminho da política?
A política é a plataforma de decisão de qualquer estado, é lá que o cidadão pode e deve intervir, através dela tomam-se todas decisões, algumas boas outras más, outras muito más, mas cabe a nós como cidadãos activos, preocupados, com sentido de missão para com o nosso país, participar activamente nestas decisões, pois se nós jovens inteligentes, capacitados, abnegados não participarmos serão as pessoas menos capazes, muitas vezes interesseiras  que terão o caminho livre para tomar todas as decisões e com isso influenciar de forma irreversível o rumo da nossa nação e como isso influenciar também o nosso futuro, e eu desde cedo quis fazer ouvir a minha opinião, quis ter a responsabilidade de estar nas decisões para construir um país melhor como cidadão interessado e responsável que sou.

2.      Como descobriste a Juventude Popular?
Esta é simples, Megan ahah, como cidadão activo, presente, interventivo, desde cedo procurei encaixar as minhas idiossincrasias na família política que mais se identificasse comigo que fosse ao encontro do que defendo, do que pretendo para a sociedade em que vivo e como fazê-lo, a  partir daí basta encaixares estes estados gerais, ideais base no partido que faz parte dessa família política no nosso país, ou que mais se aproxima dela  e é isto que incentivo os jovens a fazer, realizarem as suas pesquisas, verem os pilares, as bases de cada partido, e aí, através de uma decisão livre e consciente ver qual dos 16 partidos que existem em Portugal mais se aproxima do seu próprio ideário , da sua visão do mundo e claro, da nação.

3.      Hoje, que lugar tem a política na tua vida?
A política ocupa hoje na minha vida um lugar preponderante. Como jovem partidário e politicamente activo dialogo frequentemente com as pessoas da nossa geração para perceber as verdadeiras problemáticas dos dias que correm, aquilo que no concelho falha, que não existe ou que está deficitário, através da JP criei uma dinâmica muito interessante com os jovens do meu concelho, todos os meses escrevo na imprensa local tentando de forma incisiva expressar a opinião de todos os jovens que se revêm em nós que falam connosco, procuramos sensibilizar as pessoas de que há alternativa sempre através de uma crítica construtiva criando soluções e isso é  política, uma política de proximidade como se exige quando estás numa estrutura concelhia tens de deixar a tua zona de conforto, tens de procurar forma de encaixar e adaptar as tuas ideias,  as ideias da estrutura que representas tornando-as abrangentes e representativas das pessoas do teu concelho , e usares deste modo a  política como instrumento para procurar o bem,  por isso a política tem para mim, além de preponderante um lugar especial na minha vida.

4.      Como é ser o mais jovem presidente da JP?
Ahahah, uma pergunta bastante interessante, até porque nunca pensei nisso, é sempre surpreso para quem me conhece dentro e fora da jota ver alguém com 16 anos ver atrás de Nuno Rafael Oliveira Dias o cargo de presidente, mas foi algo que aconteceu de forma natural, espontânea, tinha um desejo enorme de entrar na política, o convite surgiu e não hesitei , nunca na minha vida considerei a idade um obstáculo , tenho ideias bem definidas , sei o que quero e para onde quero ir todavia ter esta responsabilidade com a minha idade não é muito comum pelo que isso, falando a título pessoal, me dá uma experiência e  conhecimento adicionais que vejo como preponderantes para o futuro.

5.      O que tens a dizer aos jovens de hoje em dia acerca deste mundo da política? Achas que eles o valorizam pouco?
O mundo da política é muito complexo não posso negar a promiscuidade dele, que o caracteriza na sociedade, ainda que seja mais que isso, bem mais e não deixo de encarar a política como algo nobre, a missão mais nobre de todos, ainda assim interessa dizer o porquê dessa promiscuidade, é simples, se quem promove a forma lúgubre de fazer política tem essa oportunidade é porque jovens como nós se afastam da política, e se jovens como nós estão descontentes com o estado de sítio da política propriamente dita, dos vícios nefastos ao regime, bom , a solução é simples, é entrarem como eu num partido que defenda as tuas ideias e acabar com isso, com os vícios, a promiscuidade, ao fazerem isso ganharão muito mais, estares num jota é único, desde o ambiente de camaradagem à aprendizagem política, há amigos que ficam, momentos únicos, pessoas extraordinárias, com capacidades incríveis, na política também há meritocracia ,  e estou seguro quando falo da JP porque sempre foi conhecida pela excelência dos seus quadros, é um bom exemplo não viver para para a política e dela viver , mas dar o seu contributo, é isso que devemos fazer.

6.      Há pouco tempo participaste na Escola de Quadros. O que achaste?
Foi algo memorável, fabuloso, foi de uma volúpia enorme, precisamente pelo que te disse anteriormente, pela camaradagem , os amigos, a própria sensação de independência de passares 4 dias longe dos teus pais num hotel , foi uma escola de momentos únicos , não só a nível lúdico com aquelas noites e serões memoráveis como na aprendizagem realizada , felizmente a escola de quadros do CDS proporciono-nos excelentes oradores e pude aproveitar da melhor maneira tendo sido coordenador .

7.      Quais os requisitos, digamos assim, que cada jovem deve ter para ingressar no mundo político como fizeste?
Sinceramente acho que não é necessário ter quaisquer requisitos ou apetências específicas, basta seres tu, todos nós somos diferentes, e eu como personalista sempre valorizei a opinião individual e acredito nela antes de qualquer colectivismo, é evidente que há formas de estar e de pensar o mundo mas também é por isso que vivemos numa democracia e existem em Portugal pelo menos 15 partidos.

8.      Como achas que se pode combater o desinteresse jovem generalizado pela política?
Acho que os partidos devem optar exactamente por uma nova política uma política de proximidade como a de que te falei, devem saber ir ter com as pessoas, devem dar a cara, devem saber explicar as suas ideias junto dos seus eleitores e nós jotas junto dos nossos jovens, depois haver uma mudança radical nos hábitos dos portugueses, nos costumes enraizados, era fundamental cativar os jovens para a leitura por exemplo, tudo parte daí, da informação e não há melhor fonte que a mais antiga de todos, um bom compêndio, que daria também aos jovens uma capacidade argumentativa esclarecedora, daria acima de tudo conhecimento e informação que entendo serem fundamentais para uma boa cultura geral imprescindível a qualquer jovem.

9.      O que achas que causa esse afastamento?
Aos jovens e população de hoje é lhes impingida uma dose de ignorância grotesca todos os dias pelos mais variados meios, olhemos para o exemplo da televisão, basta ligar a TV nos 3 canais genéricos e vez que todos eles optam por novelas, talk shows, reality shows em detrimento de documentários ou de proporcionarem espaço a outros programas , programas de valor acrescentado que nos façam pensar que ofereçam maior diversidade, mais cultura  e a televisão, infelizmente , é apenas um exemplo dos costumes degradantes que a população portuguesa tem seguido nos últimos anos.

10. Qual a tua opinião acerca do debate entre Passos Coelho e António Costa? Qual deles consideras mais justo?
Claro que é uma pergunta suspeita ahah, afinal sou da Juventude Popular ahah.

Primeiro tudo há algo que temos desde logo que concluir, foi uma desilusão, o debate foi aborrecido, entediante, fraquíssimo em substância e os portugueses saíram claramente a perder, a discussão em torno de propostas concretas foi quase nula e o Dr.António Costa limitou-se à brejeirice, à demagogia barata e à mistificação, o que é triste, no mínimo triste e pífio para quem ousa dizer que quer ser primeiro-ministro , por outro lado o Dr. Pedro Passos Coelho teve a postura adequada ao momento, soube passar a sua mensagem com a sua serenidade , com a rigidez que a circunstância exigia, sempre hirto, sem a rudeza de Costa, respondeu com humildade às perguntas que lhe foram dirigidas, não fugindo delas, o mesmo já não posso dizer do Dr.António Costa, creio que com isto tens a minha resposta, Megan, obrigado por te teres lembrado de mim , foi um prazer, espero sinceramente que tudo corra bem a este teu querido projecto. 

10 comentários:

  1. Woooow, ver jovens interessados nisto é deveras raro :))

    r: eu até gostava. mas mais depressa vocês que são dai de Coimbra conseguem organizar-se e encontrar-se, do que eu. Que sou da Madeira :)

    ResponderEliminar
  2. r: simmm xD podes vir que eu hei de ficar aqui até ser rica também xDD

    ResponderEliminar
  3. Gostei muito da entrevista, é destes jovens que o pais precisa :)

    ResponderEliminar
  4. resposta: Para poderes seguir o meu blog, no final da página em um link a dizer "follow" é só cliclares... Beijinhos e obrigada!

    ResponderEliminar
  5. se um dia fizeres vídeos, avisa! eheh ^^

    ResponderEliminar
  6. Actualmente é cada vez mais raro ver pessoas realmente interessadas.

    ResponderEliminar
  7. Já te disse que adoro a música do teu blogue? A travelling Alone? É linda!

    ResponderEliminar
  8. É interessante ver um jovem dar a cara por uma atitude politica quando o descrédito dessa mesma politica tem existido. Desejo que tu e outros jovens como tu sejam capazes através de valores como a honestidade e o carácter serem capazes de tornar a politica tao nobre quanto ela o é em termos filosóficos. Grande abraço e muto trabalho.

    ResponderEliminar
  9. gostei, uma coisa diferente e interessante :)

    ResponderEliminar
  10. Ver pessoas interessadas em Política cada vez é mais raro , gostei muito de ler a entrevista , e concordei com muitas das coisas que o entrevistado disse.

    ResponderEliminar