Hoje venho-vos deixar um post muito diferente do normal. Em conversa com um amigo meu, que conheci no Parlamento de Jovens, sugeri-lhe uma possível entrevista aqui para o blog. Sendo ele um rapaz muito simpático, disponibilizou umas horas do seu tempo para nos dar a conhecer um pouco mais do seu trajeto enquanto atual e futuro político (ele vai se rir quando ler isto ahah). Um grande obrigada a ele e a todos vocês que estão a ler este post.
1.
O
que te levou ao caminho da política?
A
política é a plataforma de decisão de qualquer estado, é lá que o cidadão pode
e deve intervir, através dela tomam-se todas decisões, algumas boas outras más,
outras muito más, mas cabe a nós como cidadãos activos, preocupados, com
sentido de missão para com o nosso país, participar activamente nestas
decisões, pois se nós jovens inteligentes, capacitados, abnegados não
participarmos serão as pessoas menos capazes, muitas vezes interesseiras que terão o caminho livre para tomar todas as
decisões e com isso influenciar de forma irreversível o rumo da nossa nação e
como isso influenciar também o nosso futuro, e eu desde cedo quis fazer ouvir a
minha opinião, quis ter a responsabilidade de estar nas decisões para construir
um país melhor como cidadão interessado e responsável que sou.
2.
Como
descobriste a Juventude Popular?
Esta
é simples, Megan ahah, como cidadão activo, presente, interventivo, desde cedo
procurei encaixar as minhas idiossincrasias na família política que mais se
identificasse comigo que fosse ao encontro do que defendo, do que pretendo para
a sociedade em que vivo e como fazê-lo, a
partir daí basta encaixares estes estados gerais, ideais base no partido
que faz parte dessa família política no nosso país, ou que mais se aproxima
dela e é isto que incentivo os jovens a
fazer, realizarem as suas pesquisas, verem os pilares, as bases de cada
partido, e aí, através de uma decisão livre e consciente ver qual dos 16
partidos que existem em Portugal mais se aproxima do seu próprio ideário , da
sua visão do mundo e claro, da nação.
3.
Hoje,
que lugar tem a política na tua vida?
A política ocupa hoje na minha vida um lugar
preponderante. Como jovem partidário e politicamente activo dialogo
frequentemente com as pessoas da nossa geração para perceber as verdadeiras
problemáticas dos dias que correm, aquilo que no concelho falha, que não existe
ou que está deficitário, através da JP criei uma dinâmica muito interessante
com os jovens do meu concelho, todos os meses escrevo na imprensa local
tentando de forma incisiva expressar a opinião de todos os jovens que se revêm
em nós que falam connosco, procuramos sensibilizar as pessoas de que há
alternativa sempre através de uma crítica construtiva criando soluções e isso é política, uma política de proximidade como se
exige quando estás numa estrutura concelhia tens de deixar a tua zona de
conforto, tens de procurar forma de encaixar e adaptar as tuas ideias, as ideias da estrutura que representas tornando-as
abrangentes e representativas das pessoas do teu concelho , e usares deste modo
a política como instrumento para
procurar o bem, por isso a política tem
para mim, além de preponderante um lugar especial na minha vida.
4.
Como
é ser o mais jovem presidente da JP?
Ahahah,
uma pergunta bastante interessante, até porque nunca pensei nisso, é sempre
surpreso para quem me conhece dentro e fora da jota ver alguém com 16 anos ver
atrás de Nuno Rafael Oliveira Dias o cargo de presidente, mas foi algo que
aconteceu de forma natural, espontânea, tinha um desejo enorme de entrar na
política, o convite surgiu e não hesitei , nunca na minha vida considerei a
idade um obstáculo , tenho ideias bem definidas , sei o que quero e para onde
quero ir todavia ter esta responsabilidade com a minha idade não é muito comum
pelo que isso, falando a título pessoal, me dá uma experiência e conhecimento adicionais que vejo como
preponderantes para o futuro.
5.
O
que tens a dizer aos jovens de hoje em dia acerca deste mundo da política?
Achas que eles o valorizam pouco?
O
mundo da política é muito complexo não posso negar a promiscuidade dele, que o
caracteriza na sociedade, ainda que seja mais que isso, bem mais e não deixo de
encarar a política como algo nobre, a missão mais nobre de todos, ainda assim
interessa dizer o porquê dessa promiscuidade, é simples, se quem promove a
forma lúgubre de fazer política tem essa oportunidade é porque jovens como nós
se afastam da política, e se jovens como nós estão descontentes com o estado de
sítio da política propriamente dita, dos vícios nefastos ao regime, bom , a
solução é simples, é entrarem como eu num partido que defenda as tuas ideias e
acabar com isso, com os vícios, a promiscuidade, ao fazerem isso ganharão muito
mais, estares num jota é único, desde o ambiente de camaradagem à aprendizagem
política, há amigos que ficam, momentos únicos, pessoas extraordinárias, com
capacidades incríveis, na política também há meritocracia , e estou seguro quando falo da JP porque
sempre foi conhecida pela excelência dos seus quadros, é um bom exemplo não
viver para para a política e dela viver , mas dar o seu contributo, é isso que
devemos fazer.
6.
Há
pouco tempo participaste na Escola de Quadros. O que achaste?
Foi
algo memorável, fabuloso, foi de uma volúpia enorme, precisamente pelo que te
disse anteriormente, pela camaradagem , os amigos, a própria sensação de
independência de passares 4 dias longe dos teus pais num hotel , foi uma escola
de momentos únicos , não só a nível lúdico com aquelas noites e serões
memoráveis como na aprendizagem realizada , felizmente a escola de quadros do
CDS proporciono-nos excelentes oradores e pude aproveitar da melhor maneira
tendo sido coordenador .
7.
Quais
os requisitos, digamos assim, que cada jovem deve ter para ingressar no mundo
político como fizeste?
Sinceramente
acho que não é necessário ter quaisquer requisitos ou apetências específicas,
basta seres tu, todos nós somos diferentes, e eu como personalista sempre
valorizei a opinião individual e acredito nela antes de qualquer colectivismo,
é evidente que há formas de estar e de pensar o mundo mas também é por isso que
vivemos numa democracia e existem em Portugal pelo menos 15 partidos.
8.
Como
achas que se pode combater o desinteresse jovem generalizado pela política?
Acho
que os partidos devem optar exactamente por uma nova política uma política de proximidade
como a de que te falei, devem saber ir ter com as pessoas, devem dar a cara,
devem saber explicar as suas ideias junto dos seus eleitores e nós jotas junto
dos nossos jovens, depois haver uma mudança radical nos hábitos dos
portugueses, nos costumes enraizados, era fundamental cativar os jovens para a
leitura por exemplo, tudo parte daí, da informação e não há melhor fonte que a
mais antiga de todos, um bom compêndio, que daria também aos jovens uma
capacidade argumentativa esclarecedora, daria acima de tudo conhecimento e informação
que entendo serem fundamentais para uma boa cultura geral imprescindível a
qualquer jovem.
9.
O
que achas que causa esse afastamento?
Aos jovens
e população de hoje é lhes impingida uma dose de ignorância grotesca todos os
dias pelos mais variados meios, olhemos para o exemplo da televisão, basta
ligar a TV nos 3 canais genéricos e vez que todos eles optam por novelas, talk
shows, reality shows em detrimento de documentários ou de proporcionarem espaço
a outros programas , programas de valor acrescentado que nos façam pensar que
ofereçam maior diversidade, mais cultura
e a televisão, infelizmente , é apenas um exemplo dos costumes
degradantes que a população portuguesa tem seguido nos últimos anos.
10.
Qual
a tua opinião acerca do debate entre Passos Coelho e António Costa? Qual deles
consideras mais justo?
Claro
que é uma pergunta suspeita ahah, afinal sou da Juventude Popular ahah.
Primeiro
tudo há algo que temos desde logo que concluir, foi uma desilusão, o debate foi
aborrecido, entediante, fraquíssimo em substância e os portugueses saíram
claramente a perder, a discussão em torno de propostas concretas foi quase nula
e o Dr.António Costa limitou-se à brejeirice, à demagogia barata e à
mistificação, o que é triste, no mínimo triste e pífio para quem ousa dizer que
quer ser primeiro-ministro , por outro lado o Dr. Pedro Passos Coelho teve a
postura adequada ao momento, soube passar a sua mensagem com a sua serenidade ,
com a rigidez que a circunstância exigia, sempre hirto, sem a rudeza de Costa,
respondeu com humildade às perguntas que lhe foram dirigidas, não fugindo
delas, o mesmo já não posso dizer do Dr.António Costa, creio que com isto tens
a minha resposta, Megan, obrigado por te teres lembrado de mim , foi um prazer,
espero sinceramente que tudo corra bem a este teu querido projecto.
Woooow, ver jovens interessados nisto é deveras raro :))
ResponderEliminarr: eu até gostava. mas mais depressa vocês que são dai de Coimbra conseguem organizar-se e encontrar-se, do que eu. Que sou da Madeira :)
r: simmm xD podes vir que eu hei de ficar aqui até ser rica também xDD
ResponderEliminarGostei muito da entrevista, é destes jovens que o pais precisa :)
ResponderEliminarresposta: Para poderes seguir o meu blog, no final da página em um link a dizer "follow" é só cliclares... Beijinhos e obrigada!
ResponderEliminarse um dia fizeres vídeos, avisa! eheh ^^
ResponderEliminarActualmente é cada vez mais raro ver pessoas realmente interessadas.
ResponderEliminarJá te disse que adoro a música do teu blogue? A travelling Alone? É linda!
ResponderEliminarÉ interessante ver um jovem dar a cara por uma atitude politica quando o descrédito dessa mesma politica tem existido. Desejo que tu e outros jovens como tu sejam capazes através de valores como a honestidade e o carácter serem capazes de tornar a politica tao nobre quanto ela o é em termos filosóficos. Grande abraço e muto trabalho.
ResponderEliminargostei, uma coisa diferente e interessante :)
ResponderEliminarVer pessoas interessadas em Política cada vez é mais raro , gostei muito de ler a entrevista , e concordei com muitas das coisas que o entrevistado disse.
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